A CEO do YouTube, Susan Wojcicki, apresentou em comunicado oficial da empresa algumas novidades da plataforma. E falou, também, sobre os problemas enfrentados por ela neste ano.
Em fevereiro, a CEO havia apresentado cinco novas prioridades para plataforma em relação à transparência, ferramentas de engajamento, apoio a bons conteúdos e educação. Logo, este novo post é uma atualização de como estes programas andaram ao longo deste semestre.
O primeiro dado importante é de que a plataforma bateu a marca de 1,9 bilhão de usuários, representando um aumento de 100 milhões em relação a maio. Esta informação é bastante expressiva tendo em vista as críticas de produtores de conteúdo no começo do ano, quando o YouTube mudou as políticas de monetização de canais.
Outro marco é que a rede social já conta com 180 milhões de horas de conteúdos apresentados em TVs por todo o mundo diariamente, mostrando que os serviços de streaming têm seu espaço em relação à TV convencional.
Uma das novidades apresentadas no comunicado é o YouTube Learning, uma nova iniciativa da rede social para incentivar e apoiar financeiramente canais de âmbito educacional. “Estamos fornecendo subsídios e promoção para apoiar o conteúdo focado no criador de educação, organizações especializadas e aprendizes”, informa.
Em relação ao balanço, Wojcicki relata que a primeira mudança foi sobre transparência e comunicação na plataforma. “Nós fizemos um grande esforço para responder tudo nas mídias sociais e respondemos 600% mais tweets pelos perfis oficiais”, isso em comparação com 2017. Ainda, ela ressalta a mudança do YouTube Creators para o YouTube Studios, que traz ferramentas de edição e dicas para engajamento na comunidade.
Para um dos assuntos mais polêmicos da comunidade atualmente, ou seja, monetização, Wojcicki aponta que novas ferramentas foram implementadas. Porém, grande parte delas é voltada já a grandes produtores ou focadas apenas aos Estados Unidos..
Entre elas estão a assinatura em canais atualmente disponível para produtores com mais de 100 mil inscritos na plataforma. “Mais criadores deve receber a ferramenta nos próximos meses”, promete.
Ainda, ela relata a criação de uma base de empresas parceiras buscando influenciadores para campanhas, uma ferramenta ainda só para canais dos Estados Unidos com pelo menos 10 mil inscritos.
Por fim, a terceira ferramenta é o Famebit, uma plataforma que busca unir criadores do YouTube com marcas e agências de publicidade. Segundo a CEO, nos três primeiros meses deste ano, a receita dos canais participantes do programa dobrou. O serviço, aliás, não é difundido entre usuários no Brasil.
Ela ainda promete uma nova ferramenta para os próximos meses para permitir “que usuários facilmente comprem produtos, apps ou ingressos diretamente pela página de visualização”. Tal ferramenta deve ser semelhante à de etiqueta de preços implementada pelo Instagram recentemente.
Em relação à comunidade, ela informa que o número de interações totais da plataforma subiu em 60% em relação ano passado. Contudo, isso é esperado uma vez que há também mais pessoas usando a plataforma. Um dado interessante é em relação às transmissões ao vivo na rede social: a visualização de streaming cresceu 10 vezes nos últimos anos três anos.
Por fim, para ajudar os criadores a transformarem a paixão pela plataforma em algo rentável, a empresa lançou o YouTube Insiders, um canal não-oficial criado por funcionários da própria plataforma dando atualizações e respondendo dúvidas e preocupações de influenciadores.
Apesar dos avanços neste semestre, todos os problemas relacionados a pequenos produtores sendo desmonetizados se mantêm. Ainda, donos de grandes canais recorrentemente reclamam que um novo vídeo não é apresentado para todos os inscritos, mesmo para aqueles que ativam as notificações em push.
Fonte: Canal Tech, YouTube Creators Blog