Depois de ajustar sua órbita e se preparar para a descida, a sonda chinesa Chang’e 4 pousou com sucesso no lado afastado da Lua, que nunca pôde ser visto daqui.
A China, então, é a primeira nação a conseguir este feito. O outro lado da Lua somente havia sido explorado por nós, até então, por meio de sondas orbitais e com os voos orbitais realizados pelas missões Apollo, da NASA, nas décadas de 1960 e 1970. Com isso, a China se coloca na categoria de elite no que diz respeito a conquistas espaciais.
A Change’4 é composta por um módulo de aterrissagem robótico e um rover exploratório, com o local de pouso sendo a cratera Von Kármán, na bacia Aitken — ponto relativamente plano no lado afastado da Lua. A bacia, por sinal, é teoricamente uma supercratera criada a partir de um impacto gigantesco que aconteceu há bilhões de anos. Ainda, um satélite de retransmissão foi posicionado entre as órbitas da Lua e da Terra para garantir a comunicação entre os chineses e a sonda.
Equipada com câmeras, sensores e instrumentos científicos variados, a sonda nos ensinará mais sobre o lado afastado da Lua, com o rover sendo liberado em breve para o início da exploração. Ali, o robô aprenderá sobre a composição e a estrutura das rochas da região, com a sonda também fazendo observações astronômicas a partir do ponto do pouso.
A ideia é estudar a geologia do lado afastado da Lua não somente para começarmos a mapear esse hemisfério lunar e aprender mais sobre ele, como também para estudar a viabilidade de se cultivar vegetais por lá, já de olho em explorações espaciais futuras. A China também planeja criar uma base lunar fixa para que a ciência da Terra possa manter sua presença na Lua de maneira permanente.
Fonte: Xinhua Net, Canaltech