O mundo parou para olhar com tristeza e um pouco de esperança o incêndio que tomou conta da catedral de Notre-Dame, em Paris, na tarde de segunda-feira, 15 de março, um dia após o Domingo de Ramos. Tristeza pelas fortes imagens de destruição de uma construção importante não apenas para os católicos, como para o mundo ocidental como um todo. E esperança por causa da torcida para que os danos fossem os menores possíveis, e os bombeiros, bem-sucedidos em sua missão de controlar o fogo.As chamas levaram horas para serem domadas, começando às 18h50 no horário local (13h50 no horário de Brasília), com o incêndio declarado sob controle às 3h de terça-feira (22h em Brasília). Os bombeiros, aplaudidos pelos parisienses que assistiam de perto o trabalho, foram saudados como verdadeiros heróis. Eles contaram, no entanto, com uma ajuda que passará relativamente despercebida: um robô chamado Colossus.
Talvez a imagem mais dolorosa do incêndio desta segunda-feira tenha sido a queda da flecha da catedral, a torre mais alta do edifício, que chegava a 93 metros acima do solo. Logo que perceberam que isso estava para acontecer, os bombeiros que trabalhavam no interior da construção foram chamados para fora, dando lugar para o Colossus.
Fabricado pela Shark Robotics, empresa de La Rochelle, comuna francesa situada na região de Nova Aquitânia, o robô Colossus é um drone terrestre feito para encarar situações perigosas demais para os seres humanos, especialmente em casos de ameaça de deslizamento, vazamento de gás ou temperaturas muito elevadas.