Durante uma entrevista ao podcast “Artificial Intelligence” com Lex Fridman, Elon Musk afirmou que a tecnologia experimental da interface cérebro-computador da Neuralink poderia ser capaz de ajudar no tratamento de doenças neurológicas. O problema é que o CEO utilizou como exemplo o autismo, que, cientificamente, não é alocado nessa categoria.
“Acho que a Neuralink, a princípio, resolverá muitas doenças relacionadas ao cérebro. Assim, pode haver algo como autismo, esquizofrenia, perda de memória – como todo mundo experimenta em determinados pontos da idade. Os pais não conseguem lembrar o nome dos filhos e esse tipo de coisa”, disse Musk no podcast.
Como a National Autistic Society explica, o autismo não é uma doença ou enfermidade e não pode ser “curado”. Trata-se de uma condição do espectro, na qual as características variam de pessoa para pessoa. O CEO não deu declarações explicando que foi interpretado de maneira inadequada ou se realmente acha que existe um jeito de “curar” o autismo.
A Neuralink foi fundada por Elon Musk em 2016, mas passou os primeiros anos de sua existência na surdina. Este ano, a empresa anunciou uma tecnologia que pode ser usada para tratar doenças neurológicas como o Alzheimer e Parkinson. Musk disse que a ferramenta poderia ser utilizada para resolver “danos críticos ao cérebro ou à medula espinhal”. No entanto, o empresário relatou que o objetivo principal é mesclar a consciência humana com inteligência artificial.
Fonte: Olhar Digal, Futurism/Business Insider