A Mozilla lançou uma nova versão do Firefox na terça-feira (21) com foco em velocidade e privacidade enquanto as novatas open source de San Francisco continuam a competir com a dominância global do Google Chrome.

Há uma década, foi o Firefox que rompeu com a soberania do Internet Explorer na internet. Essas guerras entre navegadores parecem ter sido há uma vida. Hoje, contabilizando 300 milhões de usuários, o Firefox é o segundo navegador mais popular da internet, atrás do Google Chrome.

O Firefox 67 foi lançado na terça-feira para Windows, Mac, Linux e Android. Em 2017, a Mozilla lançou o Firefox Quantum, a maior revisão e reformulação do navegador, com foco principalmente em velocidade. A nova versão atual segue a mesma linha e inclui novas ferramentas de segurança e privacidade também. Confira o vídeo que a Mozilla divulgou da nova versão:

As principais mudanças do Firefox incluem dar menos prioridade a recursos menos utilizados para focar em coisas como os scripts principais para Instagram, Amazon e Google, sendo que cada um deve funcionar de 40% a 80% mais rápido. Abas não utilizadas serão suspensas, o que significa que os doidos que abrem 50 abas (eu me identifico) agora vão perceber que o Firefox está suspendendo as não utilizadas para manter seu computador funcionando de maneira rápida quando a memória estiver abaixo de 400MB.

O Firefox e o Chrome agora estão empatados em performance, de acordo com alguns testes independentes. Por muito tempo, a velocidade do Chrome era uma das grandes vantagens do navegador. A reformulação mais recente do Firefox significa que eles conseguiram acompanhar esse departamento que pode, quase que instantaneamente, ganhar ou perder usuários.

A outra dimensão é privacidade, uma oferta essencial para diferenciar a Mozilla do Google. O novo Firefox realiza novas tentativas de bloquear criptomineração e fingerprinting.

Criptomineração é um ataque que secretamente utiliza seu computador para “minerar” criptomoedas, enriquecendo os hackers à suas custas – ou seja, pode te custar não apenas a performance do seu computador, mas o seu dinheiro também. Já o fingerprinting é o ato de rastrear o seu navegador na internet, uma técnica comum de vigilância publicitária.

Estamos em uma época interessante para os navegadores. Os fãs fiéis do Firefox estão satisfeitos com a nova versão e estão ativamente tentando convencer as pessoas a mudarem para o browser da Mozilla. O Safari, da Apple, está realmente progredindo em termos de velocidade, segurança e privacidade, conquistando até mesmo aqueles que converteram para o navegador e facilmente retendo muitos usuários da Apple que estão satisfeitos com o ecossistema da Apple e com seu navegador padrão.  Mesmo o Edge da Microsoft está passando por uma verdadeira reformulação que vem ganhando uma atenção positiva a empresa de Redmond, que já foi o vilão incompetente do mundo dos navegadores.

Ainda assim, o Google Chrome é o rei. De acordo com estatísticas recentes, o navegador de Mountain View não está perdendo sua posição em termos de base de usuários. Mas outros, mesmo de organizações pequenas como o Brave, estão ganhando espaço e obrigando o Chrome a melhorar e se dedicar mais a questões fundamentais como privacidade para se manter no jogo antes de ser passado para trás.

Quanto mais competição, melhor.

 

Fonte: Gizmodo