A Microsoft revelou, nesta quarta-feira (6), que planeja realizar uma demissão em massa como parte de um processo de reorganização. A companhia explica que, a partir de agora, haverá foco maior na comercialização de serviços nas nuvens, principalmente na infraestrutura Azure – coleção de ferramentas voltadas principalmente para desenvolvedores e os profissionais de TI implementarem soluções em empresas.

O plano de reestruturação vai mexer com as equipes de vendas que lidam com clientes corporativos. De acordo com a reportagem da CNBC, cerca de 10% dos empregos dessa área serão cortados – são praticamente três mil vagas, mas o número não foi confirmado pela Microsoft. Dessas vagas, 75% atuam fora dos Estados Unidos.

O serviço de nuvem da Microsoft tem crescido de forma exponencial nos últimos trimestres. Na última vez que a companhia apresentou seu relatório, as vendas do Azure tinham aumentado 93% em relação ao período anterior. A Amazon Web Services, sua principal concorrente no setor, ainda tem participação significativa no mercado, mas é ameaçada pelo novo foco da Microsoft.

“A Microsoft está implementando mudanças para servir melhor nossos consumidores e parceiros”, disse um porta-voz da empresa à CNBC. “Hoje, estamos notificando alguns funcionários de que suas vagas estão sob avaliação ou que suas posições serão eliminadas. Assim como todas as empresas, avaliamos o nosso negócio regularmente. Isso pode resultar em mais investimentos para alguns lugares e, de tempos em tempos, redistribuição em outros.”

Julho se tornou o mês recorrente para anúncios de demissões em massa para a Microsoft. O mês é emblemático porque marca o final de um ano fiscal (que acaba em 30 de junho) e o início de outro. No ano passado, a empresa revelou que cortaria 2.850 empregos, logo depois que o diretor de operações Kevin Turner deixou a empresa. As demissões foram realizadas aos poucos durante o restante do ano.

A Microsoft emprega 121 mil pessoas ao redor do mundo e 71 mil nos Estados Unidos, o que sugere que os cortes são relativamente pequenos.

 

Fonte: CNBC